quarta-feira, 18 de abril de 2012

Os limites da ciência

A produção científica possui um crescimento geométrico, enquanto que muitas vezes o acompanhamento humano para tal crescimento científico tende a ser aritmético. Em outras palavras, muitas vezes os humanos (que também são produtores de conhecimento científico) não conseguem entender o próprio gigantismo de sua produção cultural e científica. E a partir de então, instala-se o assombro, o medo e a dúvida (não necessariamente nesta ordem). E finalmente, questões éticas passam a ser discutidas como uma forma intrínseca ao próprio ato de produzir conhecimento.

A seguir, alguns links sobre os limites da ciência (e sua discussão), retirados do site da Folha de São Paulo:















Sobre algumas obras sobre as controvérsias éticas que envolvem a ciência, podemos destacar (itens retirados do site Wikipedia): 























quarta-feira, 11 de abril de 2012

Links de vídeos sobre pesquisa científica

Brasil é o 13° colocado em pesquisa científica no mundo.

Biodisel feito a partir de óleo de fritura.

Instituto Butantan, uma referência na pesquisa e na criação de soros e vacinas.

O que é um TCC? (Trabalho de Conclusão de Curso).

Roteiro de um Projeto de Pesquisa na área de Administração.

O que é ciência?
http://www.youtube.com/watch?v=BkcDr0fkY0E

Senso comum e ciência I
http://www.youtube.com/watch?v=tysQjO9RUlQ&feature=related

Senso comum e ciência II
http://www.youtube.com/watch?v=nEMuGDhsnHk&feature=related

Visita ao Campus da Universidade de Harvard
http://www.youtube.com/watch?v=3vkQhlfoMJI

11 coisas que a escola não ensina (Bill Gates)
http://www.youtube.com/watch?v=giRKt0-lSbg&feature=related

Alexandre Garcia comenta o Prêmio Nobel
http://www.youtube.com/watch?v=XvKKemt9XuI


quinta-feira, 22 de março de 2012

Originalidade, plágio, versão - Alguns exemplos através de clips

Abaixo relacionados os clips musicais disponíveis no Youtube e que serviram de aporte ao entendimento de algumas questões referentes à originalidade científica, além dos comentários sobre o que é plágio e versão. Foram disponibilizado links para efeito de comparação "original - versão", além do link final que remete ao questionamento sobre o que é plágio. Embora as amostras sejam musicais, o objetivo frente aos jovens é a comparação sobre o que é original, versão e plágio dentro do universo científico. Comentários comparativos por parte do professor explicaram o universo musical em relação ao universo científico.


I just like heaven (The Cure)


Cover


PLÁGIOS

Tipos de conhecimentos

      Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos. 
      Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões. 
      Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca. 
      Existem diferentes tipos de conhecimentos: 

      1 - Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum) 
      É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas. 

      Exemplo: 
      A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar. 


      2 - Conhecimento Filosófico 
      É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. 

      Exemplo: 
      "O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche) 


      3 - Conhecimento Teológico 
      Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. 

      Exemplo: 
      Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc.. 


      4 - Conhecimento Científico 
      É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento Científico: 
      - É racional e objetivo. 
      - Atém-se aos fatos. 
      - Transcende aos fatos. 
      - É analítico. 
      - Requer exatidão e clareza. 
      - É comunicável. 
      - É verificável. 
      - Depende de investigação metódica. 
      - Busca e aplica leis. 
      - É explicativo. 
      - Pode fazer predições. 
      - É aberto. 
      - É útil.
 

quarta-feira, 14 de março de 2012

O método científico

O método científico pode ser definido como a maneira ou o conjunto de regras básicas empregadas em uma investigação científica com o intuito de obter resultados o mais confiáveis quanto for possível. Entretanto, o método científico é algo mais subjetivo, ou implícito, do modo de pensar científico do que um manual com regras explícitas sobre como o cientista, ou outro, deve agir.
Geralmente o método científico engloba algumas etapas como: a observação, a formulação de uma hipótese, a experimentação, a interpretação dos resultados e, por fim, a conclusão. Porém alguém que se proponha a investigar algo através do método científico não precisa, necessariamente, cumprir todas as etapas e não existe um tempo pré-determinado para que se faça cada uma delas. Charles Darwin, por exemplo, passou cerca de 20 anos apenas analisando os dados que colhera em suas pesquisas e seu trabalho se constitui basicamente de investigação, sem passar pela experimentação, o que, contudo, não torna sua teoria menos importante. Algumas áreas da ciência, como a física quântica, por exemplo, baseiam-se quase sempre em teorias que se apóiam apenas na conclusão lógica a partir de outras teorias e alguns poucos experimentos, simplesmente pela impossibilidade tecnológica de se realizar a comprovação empírica de algumas hipóteses.
O método científico como conhecemos hoje foi o resultado direto da obra de inúmeros pensadores que culminaram no “Discurso do Método” de René Descartes, onde ele coloca alguns importantes conceitos que permeiam toda a trajetória da ciência até hoje. De uma forma um pouco simplista, mas apenas para dar uma visão melhor do que se trata o método proposto por Descartes, que acabou sendo chamado de “Determinismo Mecanicista”, “Reducionismo”, ou “Modelo Cartesiano”, ele baseia-se principalmente na concepção mecânica da natureza e do homem, ou seja, na concepção de que tudo e todos podem ser divididos em partes cada vez menores que podem ser analisadas e estudadas separadamente e que (para usar a frase clássica) “para compreender o todo, basta compreender as partes”.
Talvez, o exemplo mais fácil de se verificar o método proposto por Descartes, seja através da medicina: baseada no modelo cartesiano a medicina se dividiu em especialidades cada qual procurando entender os mecanismos de funcionamento de um órgão ou parte específica do corpo humano. As doenças passaram a ser encaradas como algum distúrbio em determinada parte que constitui o homem, e o homem em si, como um todo, deixa de ser considerado na investigação da medicina segundo modelo cartesiano.
Que o método de Descartes funcionou, não restam dúvidas a ciência evoluiu como nunca com a aplicação deste método. Porém a ciência que tinha como objetivo primeiro, proporcionar o bem estar ao homem através da compreensão e modificação da natureza à seu favor, como propôs Francis Bacon seguido por Descartes, perdeu seu sentido. Com a aplicação do modelo reducionista em todas as áreas do conhecimento as interações entre as partes e o todo e entre este e outros deixou de ser considerada causando sérios distúrbios sociais, ambientais e ameaçando até a existência do próprio homem em contradição com seu princípio fundamental.

A CIÊNCIA - Alguns elementos para sua compreensão.

Em sentido amplo, ciência (do latim scientia, traduzido por "conhecimento") refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. Em sentido estrito, ciência refere-se ao sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico bem como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de tais pesquisas.
A ciência é o esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como o Universo funciona. Refere-se tanto a(o):
- Investigação ou estudo racional do Universo, direcionados à descoberta da verdade e/ou realidade universais.
- Tal estudo ou investigação é metódico e compulsoriamente realizado em acordo com o método científico (um processo de avaliar o conhecimento empírico).
- Corpo organizado de conhecimentos adquiridos por tais estudos e pesquisas.
A ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do método científico. Nestes termos ciência é algo bem distinto de cientista, podendo ser definida como o conjunto que encerra em si o corpo sistematizado e cronologicamente organizado de todas as teorias científicas (destaque normalmente é dado para os paradigmas válidos) bem como o método científico e todos os recursos necessários à elaboração das mesmas.
Da definição segue que um cientista é um elemento essencial à ciência, e como qualquer ser humano dotado de um cérebro imaginativo que implica sentimentos e emoções, o cientista certamente também tem suas crenças - convicções que vão além das verdades gerais - podendo esse até mesmo ser, não raramente ou obstante, um teísta ou religioso convicto. Ao definirem-se ciência e cientista é de relevância ressaltar por tal que a definição de ciência exige expressamente que o cientista saiba manter suas crenças longe de seus artigos científicos e das teorias científicas com as quais esteja a trabalhar; constituindo-se estes dois elementos - ciência e cientista - por definições certamente muito distintas, portanto.
Etimologia e definição
A palavra ciência possui vários sentidos, abrangendo principalmente três acepções:
1. Saber, conhecimento da gênese e da dinâmica de certas coisas.
2. Conjunto dos conhecimentos adquiridos pelo estudo ou pela prática.
3. Hierarquização, organização e síntese dos conhecimentos através de modelos e princípios gerais (teorias, leis, etc.).
Ramos da ciência
Segundo Michel Blay, a ciência é "o conhecimento claro e evidente de algo, fundado quer sobre princípios evidentes e demonstrações, quer sobre raciocínios experimentais, ou ainda sobre a análise das sociedades e dos fatos humanos." Esta definição permite distinguir os três tipos de ciência: as ciências formais, compreendendo a Matemática e as ciências matemáticas como a estatística; as ciências físico-químicas e experimentais (ciências da natureza e da terra como a física, química, biologia, medicina); e as ciências sociais, que ocupam-se do homem, de sua história, do seu comportamento, da língua, do social, do psicológico e da política, entre outros. No entanto, embora convencionais, seus limites não são rígidos, e não se mostrando estritamente definidos; em outras palavras, a rigor, não existe categorização sistemática dos tipos de ciência, e para tentar-se fazê-lo ter-se-ia antes que resolver um complicado questionamento epistemológico.
A stricto sensu, a ciência é única: se um corpo de conhecimento é produzido mediante os rigores do método científico, este é ciência, em caso contrário, bastando para tal transcender em qualquer ponto o método científico, não o é.